Dançar não é fazer uma sequência de passos, mas também uma maneira de se relacionar socialmente. Como em qualquer reunião social existem regras. E respeitar essas regras ajuda bastante numa perfeita integração na pista de dança e um rápido aprendizado. Mas principal objetivo é tornar o momento da dança agradável para todos.
As regras foram criadas para manter a ordem entre os pares e evitar possíveis acidentes. Por isso, no caso de dúvida, o comportamento deve que estar voltado à comodidade dos demais.
1. Ao fazer um convite, seja cortês e faça forma educada. Antigamente as regras sociais restringiam a iniciativa do convite à dança aos homens, porém este costume foi se transformando e hoje, as mulheres podem convidar os homens, inclusive nos ambientes mais formais.
2. Num primeiro momento, a presença no salão pode indicar um possível desejo de dançar. Para não cometer um equívoco, observe se a pessoa está próxima à pista de dança e disponível para ser convidada a dançar. Se está longe conversando é melhor não intervir.
3. Os bailes contam com uma dinâmica social que pretende certa diversidade e oferece a todo mundo a oportunidade de dançar. Por isso, pode ser considerado deselegante dançar com a mesma pessoa mais de duas vezes consecutivas ou dançar o tempo todo com quem o acompanha ao baile. Além disso, se você está aprendendo, é interessante dançar com maior número de pessoas possíveis. Ao dançar com pessoas diferentes, você cavalheiro aprimora sua condução, pois cada dama tem seu ritmo e percepção. E a dama tem a chance de perceber como pode ser diferente a condução de um passo.
4. Nunca culpe seu par dos erros ocorridos durante a dança. Independentemente de quem seja, quando ocorrer tal fato sorria, desculpe-se e continue com a dança. Todos nós erramos e é muito mais fácil aprender com erros do que acertando sempre. Lembre-se você está ali para se divertir e insistir em explicações pode incomodar seu par e desviar a atenção sobre o fundamental: a dança em parceria.
5. Se não houver uma compatibilidade entre o par, o dançarino mais experiente deve igualar-se ao outro. Caso seu par não consiga desenvolver os movimentos com segurança, cabe a você executar movimentos simples e na medida do possível aumentar o grau de dificuldade. Convém memorizar o ponto atingido para na próxima vez que dançarem juntos saber até onde você pode ir. O mesmo vale para danças com mais liberdade de movimentos, como é o caso das danças latinas e do soltinho, onde executar giros extras ou uma exibição acrobática intimida mais do que estimula um(a) parceiro(a) inexperiente.
6. É claro que você quase nunca estará sozinho em uma pista de dança. E uma das regras básicas em um baile é a chamada RONDA que se move em sentido ANTI-HORÁRIO, mas em alguns momentos os passos exigem um movimento contrário. Execute-os com cuidado para não provocar uma colisão. Fique atento também a lugares que tenham poucas pessoas. Também é importante observar e adaptar a velocidade a dos outros dançarinos, porque dançar com rapidez ocupa muito espaço. Dançando lentamente, você acaba impedindo o espaço dos demais casais.
7. Quando a música terminar deve-se deixar a pista livre se você não for mais dançar. Para não atrapalhar quem for dançar a próxima música. Terminando a música é elegante elogiar uma determinada qualidade observada no acompanhante, mesmo se ele não for muito hábil. E em qualquer caso demonstrar sua gratidão por ter passado momentos agradáveis.
8. Sempre existe a chance de pedir uma ajuda. Se você é o inexperiente, recorra a uma frase do tipo: “não conhecia este passo”. Isso convida, mas não obriga o ensino. Como aprendiz é necessário ter a delicadeza de não transformar a dança em um peso para a pessoa mais experiente.
9. É difícil resistir à tentação de ensinar alguns passos ao acompanhante quando existe uma grande diferença de nível entre o par. Evite este procedimento. A sua missão é proporcionar ao seu par bons momentos e o elegante é dançar ao seu nível. Uma aula não solicitada pode ser indelicada e ao mesmo tempo incômoda.
10. Os dançarinos buscam um par. Portanto, o convite se converte em um circulo vicioso. Quanto mais você dançar, mais oportunidades você terá de receber ou aceitar um convite para dançar. As pessoas que ficam sentadas esperando, não devem ser ignoradas. Mas um dançarino experiente ao buscar um par, ele olha os pés, e não o rosto de seu futuro par. Evite recusar um convite, pois assim reduzirá seu número de possibilidades. Se por um motivo ou por outro não quiser aceitar um convite, a melhor opção é dizer que não conhece esta dança, que precisa descansar um momento ou que prometeu esta dança à outra pessoa.
Caso você tenha mais alguma dúvida de como se portar num baile pergunte a qualquer um de nossos professores ou bolsistas. Eles estarão sempre a disposição para ajudar.